Melhore a sua memória

Todos sentimos a memória fraca de vez em quando, não é mesmo?

Felizmente, na maior parte dos casos não há uma doença de fato, principalmente nos que têm menos de 65 anos.

Muitas vezes o próprio ritmo de vida atrapalha o bom funcionamento do cérebro: por exemplo, excesso de informações, privação de sono, questões emocionais, sobrecarga de trabalho e cobranças diversas são alguns dos elementos típicos da nossa época que podem afetar a memorização adequada.

E aí surgem os “brancos” e “lapsos” de memória que tanto constrangem e prejudicam o rendimento profissional.

Alguns casos demandam atenção médica para se avaliar possíveis diagnósticos subjacentes, como Alzheimer ou depressão.

Dicas

Para muitos, no entanto, algumas dicas cotidianas podem ser bem úteis, seja para melhorar a memória, seja para evitar a instalação de um problema sério:

1) Exercícios mentais:

O cérebro precisa ser exercitado, como se fosse um músculo senão atrofia. Quem se estimula com atividades intelectuais conserva mais a capacidade mental, a curto e longo prazo.

Por isso, é preciso desafiar nosso cérebro: leituras, música, aprender um novo idioma ou dedicar-se a um hobby podem ajudar a tirar a mente da zona de conforto. Jogos de mesa, atividades artísticas e participar de grupos sociais também são um bom estímulo.

Outra ideia é fazer algumas coisas rotineiras de um modo alternativo, como variar o trajeto para o trabalho. Ao contrário, muita televisão pode prejudicar porque trata-se de atividade passiva.

2) Uma coisa de cada vez:

Ainda que estejamos acostumados como o “multi-task”, a realidade é que fazer várias atividades e receber muitas informações ao mesmo tempo acaba aumentando as falhas de fixação da memória.

O melhor cenário é quando estamos concentrados em uma única tarefa mental de cada vez. Por isso, o indicado é focar na prioridade de cada momento.

3) Ambiente sereno:

Características externas adequadas para uma boa memorização são o silêncio, a organização, climatização e iluminação apropriadas.

Interrupções frequentes atrapalham mesmo a mera formação da memória; logo, também a sua recordação depois fica comprometida.

Além disso, muitos meios tecnológicos (celular, iPad, computador etc.) de maneira constante também funcionam como elementos de distração dispersando as funções mentais.

Uma dica é programar alguns momentos de férias tecnológicas, como 30 min sem celular no trabalho. E enquanto se dedica a uma única tarefa, foque toda a sua atenção na mesma.

4) Incrementar a inteligência emocional:

Ansiedade constante gera uma tensão mental, tirando o foco das informações mais importantes e dificultando a fixação e a recordação de memórias.

Por isso é importante desenvolver o bom manejo das próprias emoções, já que a depressão por si só pode gerar esquecimentos.

E se estiver com sintomas como inquietação, tristeza e/ou desmotivação por um longo período, sugere-se uma avaliação médica para tratar estes distúrbios

5) Revisões:

Principalmente para quem estuda ou lida com outras atividades teóricas, é importante permitir que o cérebro tenha contato com as informações por uma segunda vez (de preferência, dentro das primeiras 24 h), pois tudo o que é revisto é considerado como relevante para a memória.

Também é interessante criar dicas mnemônicas (que são um conjunto de técnicas utilizadas para auxiliar o processo de memorização), para facilitar as revisões.

Algumas pessoas reservam alguns minutos ao longo do dia para recordar mentalmente consigo mesmo o que aconteceu (fatos, tarefas etc.); por exemplo, 2 minutos para fazer um balanço da tarde que passou.

6) Nada se conseguirá sem descanso:

Um sono regular (quantidade e qualidade aceitáveis) é necessário para garantir a atenção para formar novas memórias e também para arrumar as memórias recentes.

O ideal é que o sono seja de fato à noite e tenha duração de 7-8 h; outro lembrete é evitar o uso de medicações para dormir, pois podem ser um dos motivos para concentração diminuída.

Outros descansos periódicos também devem ser preservados (como férias e lazer no fim de semana), pois a mudança de atividade ajuda a diminuir o estresse e traz imagens/vivências diferentes, o que ajuda a compreender e memorizar mais os fatos e as circunstâncias.

7) Atividade física faz toda a diferença:

Exercícios regulares propiciam um perfil bioquímico cerebral que facilita a aprendizagem e a atenção, contribuindo para a formação de memórias adequadamente.

O estresse psicológico também é diminuído com um reajuste hormonal que acontece em quem pratica atividade física constantemente.

8) Alimentação:

Além de hidratação abundante, as refeições leves são preferíveis, devendo ser evitados os alimentos pesados e em grande quantidade, que dificultam a digestão e direcionam o metabolismo corporal para o trato gastrointestinal, deixando o funcionamento cerebral mais letificado.

No caso de idosos ou se o problema de memória for muito frequente ou em grande quantidade, ao ponto de atrapalhar o desempenho cotidiano de alguém, vale a pena sempre consultar um médico neurologista para orientações e eventuais investigações.